A partir da ideia que os militares da Marinha do Brasil trouxeram da Inglaterra, um grupo de interessados reuniu-se no dia 14 de junho de 1910, no Rio de Janeiro, e fundou o Centro de Boys Scouts do Brasil, sendo esta iniciativa e esta data reconhecidas como início do Escotismo no país.
Ao se iniciar a década de vinte havia considerável número de instituições escoteiras no Brasil. O chefe Benjamim Sodré, o Velho Lobo, que mantinha uma seção sobre Escotismo na Revista infanto-juvenil "O TICO TICO", publicou na edição do dia 23 de janeiro de 1924 um artigo que refletia a conjuntura do Escotismo àquela época, como se vê a seguir:
Ao se iniciar a década de vinte havia considerável número de instituições escoteiras no Brasil. O chefe Benjamim Sodré, o Velho Lobo, que mantinha uma seção sobre Escotismo na Revista infanto-juvenil "O TICO TICO", publicou na edição do dia 23 de janeiro de 1924 um artigo que refletia a conjuntura do Escotismo àquela época, como se vê a seguir:
UM EXEMPLO A SEGUIR PELAS ASSOCIAÇÕES DE ESCOTISMO NO BRASIL
O Escotismo pode-se considerar definitivamente firmado entre nós. Já se passou aquele período de propaganda vivíssima, em que era quase um dever só entoar loas e esconder os defeitos.
Hoje pode-se, sem perigo, apontar os males. E esse é o dever. Entre nós, quatro grandes associações dirigem o movimento escoteiro nacional: a Associação Brasileira de Escoteiros, com sede em São Paulo, Associação de Escoteiros Catholicos do Brasil, a Comissão Central de Escotismo e a Confederação Brasileira de Escoteiros do Mar, com sede no Rio.
Refletindo o espírito de pouca harmonia dos brasileiros, que vivem a brigar, essas associações se correspondem, se entendem, mas não se ligam. Sofre com isso o Escotismo, que se desenvolve entre nós sem a precisa uniformidade, e sofre o nome do Brasil, que de outro modo poderia figurar entre as grandes potências escoteiras, cousa que não é de desprezar hoje, quando o escotismo tem por mais de uma vez ocupado a atenção e sugerido discussões na Liga das Nações.
Um país possuir cem, duzentos mil escoteiros deve ser, forçosamente, uma razão de consideração no conceito demais. Nós caminhamos para esses números, mas como nossos esforços são dispersos, aparecem sempre informações parciais. Tentativas têm sido feitas para reunir as Associações, mas todas vãs, porque ora a vaidade de domínio, ora pequeninas questões pessoais conservam afastadas forças preciosas que deveriam unir, valendo pelo dobro.
É um dever de todos, deste o mais pequenino escoteiro até ao mais importante Chefe, procurar criar uma atmosfera de harmonia entre todas as associações, para que elas se liguem constituindo uma confederação geral que possa representar o Escotismo do Brasil.
No dia 7 de setembro de 1924, o Padre Leovigildo França, vice-presidente da Associação de Escotismo Católico, proferiu palestra sobre o Jamboree Mundial realizado em Copenhague, Dinamarca, ao qual participou como chefe da delegação do Brasil. Sua conferência deu uma impressão muito nítida do que foi aquela grande concentração escoteira mundial. O Velho Lobo assistiu à apresentação e, comovido, afirmou: "Para o futuro, o Brasil se deve representar, em qualquer reunião internacional, não por uma delegação de uma de suas Associações, mas por uma Delegação de Escoteiros do Brasil".
A seguir renovou o seu apelo feito em janeiro em "O TICO-TICO" e remeteu cartas ou fez contatos pessoais com os principais responsáveis pelas instituições escoteiras, convocando-os para se reunirem com o fim de criarem uma Associação Nacional do Escotismo Brasileiro.
Com exceção do representante da Associação Brasileira de Escoteiros, de São Paulo, todos os demais atenderam ao convite, e passaram a se reunir seguidamente. Em razão do grande interesse e a boa vontade de todos, a tarefa foi fácil e, em 4 de novembro de 1924, foi fundada a UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL.
Até 1928 a Associação Brasileira de Escoteiros, dirigida por Mário Cardim – um dos pioneiros do Escotismo no país – manteve-se afastada da UEB, mas atendendo a uma conclamação feita pelo próprio Fundador Baden-Powell, em carta escrita em 13 de junho de 1928, em que insistia para que todo o Escotismo Brasileiro se unisse à União dos Escoteiros do Brasil, reconhecida por B-P e pela Organização Mundial do Movimento Escoteiro como a única organização escoteira do país, finalmente a ABE integrou-se como parte da UEB, que passou a reunir todos os que praticam escotismo em nosso país.
O Escotismo pode-se considerar definitivamente firmado entre nós. Já se passou aquele período de propaganda vivíssima, em que era quase um dever só entoar loas e esconder os defeitos.
Hoje pode-se, sem perigo, apontar os males. E esse é o dever. Entre nós, quatro grandes associações dirigem o movimento escoteiro nacional: a Associação Brasileira de Escoteiros, com sede em São Paulo, Associação de Escoteiros Catholicos do Brasil, a Comissão Central de Escotismo e a Confederação Brasileira de Escoteiros do Mar, com sede no Rio.
Refletindo o espírito de pouca harmonia dos brasileiros, que vivem a brigar, essas associações se correspondem, se entendem, mas não se ligam. Sofre com isso o Escotismo, que se desenvolve entre nós sem a precisa uniformidade, e sofre o nome do Brasil, que de outro modo poderia figurar entre as grandes potências escoteiras, cousa que não é de desprezar hoje, quando o escotismo tem por mais de uma vez ocupado a atenção e sugerido discussões na Liga das Nações.
Um país possuir cem, duzentos mil escoteiros deve ser, forçosamente, uma razão de consideração no conceito demais. Nós caminhamos para esses números, mas como nossos esforços são dispersos, aparecem sempre informações parciais. Tentativas têm sido feitas para reunir as Associações, mas todas vãs, porque ora a vaidade de domínio, ora pequeninas questões pessoais conservam afastadas forças preciosas que deveriam unir, valendo pelo dobro.
É um dever de todos, deste o mais pequenino escoteiro até ao mais importante Chefe, procurar criar uma atmosfera de harmonia entre todas as associações, para que elas se liguem constituindo uma confederação geral que possa representar o Escotismo do Brasil.
No dia 7 de setembro de 1924, o Padre Leovigildo França, vice-presidente da Associação de Escotismo Católico, proferiu palestra sobre o Jamboree Mundial realizado em Copenhague, Dinamarca, ao qual participou como chefe da delegação do Brasil. Sua conferência deu uma impressão muito nítida do que foi aquela grande concentração escoteira mundial. O Velho Lobo assistiu à apresentação e, comovido, afirmou: "Para o futuro, o Brasil se deve representar, em qualquer reunião internacional, não por uma delegação de uma de suas Associações, mas por uma Delegação de Escoteiros do Brasil".
A seguir renovou o seu apelo feito em janeiro em "O TICO-TICO" e remeteu cartas ou fez contatos pessoais com os principais responsáveis pelas instituições escoteiras, convocando-os para se reunirem com o fim de criarem uma Associação Nacional do Escotismo Brasileiro.
Com exceção do representante da Associação Brasileira de Escoteiros, de São Paulo, todos os demais atenderam ao convite, e passaram a se reunir seguidamente. Em razão do grande interesse e a boa vontade de todos, a tarefa foi fácil e, em 4 de novembro de 1924, foi fundada a UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL.
Até 1928 a Associação Brasileira de Escoteiros, dirigida por Mário Cardim – um dos pioneiros do Escotismo no país – manteve-se afastada da UEB, mas atendendo a uma conclamação feita pelo próprio Fundador Baden-Powell, em carta escrita em 13 de junho de 1928, em que insistia para que todo o Escotismo Brasileiro se unisse à União dos Escoteiros do Brasil, reconhecida por B-P e pela Organização Mundial do Movimento Escoteiro como a única organização escoteira do país, finalmente a ABE integrou-se como parte da UEB, que passou a reunir todos os que praticam escotismo em nosso país.
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